Os Bombeiros do Rio de Janeiro confirmaram, esta sexta-feira, que 17 pessoas morreram, na sequência do deslizamento de terras em Niterói. A recente descoberta de que as cerca de 50 casas soterradas estavam construídas sobre um aterro sanitário tem gerado revolta na população, uma vez que o município de Niterói não impediu a obra.
De acordo com o Centro Operacional de Bombeiros do Rio de Janeiro, dezenas de pessoas que permanecem desaparecidas. O jornalista da do canal brasileiro “Bandeirantes” Jordan Alves descreveu à TSF as operações que decorrem no local e sublinhou o desagrado da população face às condições precárias em que as habitações do morro afectado estavam construídas.
«Cerca de seis quartéis do corpo de bombeiros ainda continuam nas buscas por sobreviventes em Niterói. Utilizam a ajuda de cães treinados, retro-escavadoras, numa busca incessante por sobreviventes. No local, há pelo menos 50 casas que desabaram. As construções foram feitas em cima de um “lixão”, um aterro sanitário que existia no local há 30 anos. As pessoas construiriam essas habitações e não foram impedidas pelo município de Niterói. As autoridades e toda a população está revoltada e pergunta porque é que a prefeitura não proibiu essas construções», frisou.
O número de desaparecidos provocados pela intempérie não está a ser contabilizado, mas no último balanço sobre as vítimas as autoridades indicam que o mau tempo no Rio de Janeiro já provocou 182 mortos.
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